quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sou motociclista, ou motoqueiro...



Já me acostumei ao som da trava elétrica dos carros fechando quando para ao lado. Isso não me incomoda. Acho que eles estão é certos. Nunca se sabe quem vai parar ao seu lado. E se eu parasse ao meu lado, acho que trancaria a porta do carro...


Só uma vez, andando na Av. Liberdade, a caminho da aula que dou na Líbero Badaró, duas moças dentro de um carro berraram: "Seu motoqueiro, você pode parar aqui do lado um pouco. Tem um moleque ali tentando assaltar a gente". Como não consegui pensar direito na hora, parei e fiquei... Se o cara tentasse me assaltar, as moças também estariam alí para me defender, né?!


Acho incrível como veículos de duas rodas inspiram a mente criminosa. Eu mesmo, andando nas ruas, já tive grande vontade de levantar o pé e arrancar o espelho alheio (não faria muito sentido arrancar o meu próprio, apesar de gerar certa surpresa... vou estudar esta ideia...). Só não faço isso porque sei que provavelmente perderei o equilíbrio, caíndo embaixo do veículo ao lado. Ah, e também porque a mamãe falou que é feio.


E não são só motocicletas que inspíram o crime. Uma colega minha no trabalho comentou que dois caras de bicicleta tentaram roubar o celular dela na Avenida Paulista há alguns dias. Também já ouvi histórias sobre assaltantes e trombadinhas que fogem de bicicleta. Entretanto, nunca ouvi falar de bandidos fugindo de Tonquinhas (veículo de três rodas - foto acima, não sei colocar aqui neste parágrafo...).


Entendo o horror que as pessoas têm de nós motoqueiros. Muitos são grossos e agressivos. Descendo a Av. Rebouças sempre entro na fila dos automóveis para deixar o pessoal passar, e mesmo assim alguns passam xingando, insinuando que estou lento demais. No corredor, ando sempre a 30 ou 40 quilômetros por hora, e saí da frente até de uma bicicleta uma vez...


Mesmo assim... Prezo minha segurança mais do que a minha pressa! Vou continuar saíndo da frente de motoqueiros, ciclistas e, caso necessário, até de "tonquinhistas"!

domingo, 12 de abril de 2009

A morte


Ontem assistimos novamente Philadelphia, filme de 1993 com Tom Hanks e Denzel Washington. Não surpreendentemente, comecei a pensar na morte e fui levado ao final da vida do meu pai. O dia 20 deste mês marca o quinto aniversario de sua morte em um hospital no interior de São Paulo.

No caminho do enterro, minha mãe disse: "Devemos celebrar a vida dele como os irlandeses fazem." (O termo que ela usou foi 'Irish Wake'.) Perguntamos todos o que ela queria dizer, e ela respondeu: "Quando um irlandês morre, após o enterro os parentes vão à casa da família do falecido e fazem uma festa. As pessoas contam histórias engraçadas e momentos divertidos da vida do morto. Após muita risada, bebedeira e freqüentemente uma briga, todos vão para casa."

Achamos a idéia boa, excluindo a parte da briga. Fomos para a casa da minha mãe, sentamos na varanda e lembramos a vida do meu pai enquanto minha esposa, mãe, meus irmãos e minhas cunhadas tomaram cerveja, whisky e coisas do gênero (eu e minha sobrinha não bebíamos na época, então participamos apenas da conversa).

Passamos horas lembrando a vida dele. Foram contadas histórias que eu não conhecia, trechos novos para histórias que eu já conhecia e demos muita risada. Foi um momento de saudades, mas acho que celebramos a vida do meu pai. Minha sobrinha até comentou como estávamos tratando a morte dele de forma diferente à que ela tinha visto, na qual todos ficavam chorando constantemente.

Apesar da falta que meu pai faz e da tristeza que foram os últimos dias de sua vida, passados em um leito hospitalar, conseguimos suavizar um pouco o momento. Depois disso, lembrei uma idéia que tinha quando era mais novo: deixar preparada uma festa para o final da minha vida. Assim, quem quiser celebrar minha morte pode, e aqueles que quiserem celebrar minha vida também terão a oportunidade!!

Se alguém estiver interessado em fazer um Irish Wake, este link dá algumas dicas! Nós não seguimos todas, só a parte da celebração da vida.

Tendo lidado com nascimento e morte, acho que agora posso passar ao que existe entre estes dois extremos!

sábado, 11 de abril de 2009

To breed or not to breed!

Lembrei hoje de um bate papo que tive com um colega. Ele acaba de ter uma filha, sua segunda procriação, e dizia que ter filhos muda a vida da pessoa, que gera grande felicidade e que a vida é outra quando se tem filhos. Acredito nisso. Conheço muitas pessoas que têm filhos e que dizem que suas vidas ganharam um novo valor. Outras dizem que é bom, mas que não teriam outros filhos. Conheço também uma pessoa que diz que ter filhos arruinou sua vida...

Acho que é uma questão de escolha. Até hoje não decidi ter filhos. Não digo que nunca vou ter. Pode ser que algum dia eu decida ou pode simplesmente acontecer. Não sei... Algumas pessoas têm grande necessidade de ver seu código genético levado adiante. Não acho isso muito importante, será que o mundo aguenta outros Zoquinhas! Caso não tenha filhos gerados a partir do meu próprio espermatozóide e óvulos da minha esposa, então posso adotar! Afinal, é só um espermatozóide e um óvulo. Este é um assunto que minha esposa e eu já discutimos (não sei se nestes termos).

Depois de teclar com meu amigo, passei a pensar mais sobre a geração de prole. Disse a ele que não acho que há necessidade de mais gente no mundo. Realmente acho isso. Segundo dados do governo dos Estados Unidos, a população global era de 2,6 bilhões em 1950, chegou a 6,1 bilhões em 2000 e tem previsão de alcançar 9,5 bilhões em 2050. Para que tanta gente no planeta? Ele conseguirá suportar essa população? Como vai ficar a questão da água e poluição com tantas pessoas?

Estas são perguntas que realmente me incomodam. Segundo a FAO, "a agricultura é atualmente responsável por 70% do consumo global de água, porcentagem que alcança 95% em alguns países em desenvolvimento. Para suprir a crescente demanda alimentícia, estima-se que o consumo agrícola de água vá crescer mais 14% nos próximos 30 anos". Eu me pergunto... Se nós, seres humanos, estivermos utilizando mais de 80% da água doce global na agricultura, como serão distribuídos os menos de 20% restantes? Animais selvagens terão direito a ela? Onde vão ocorrer conflitos por água?

Sei que é difícil responder estas perguntas. Sei também que o futuro do mundo sempre foi incerto, mas minha opinião atual é a de que não preciso contribuir para ampliar o problema.
Mas sei também que estas preocupações ficarão menos relevantes se amanhã descobrir que minha mulher está grávida. É assim que penso hoje!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Um início

Então... Eu, o Amigo Zoca*, criei este blog meio que de impulso, com planos de me defender dos ataques que sofro.

Passado algum tempo, tendo sofrido poucos ataques dignos de defesa, comecei a pensar no que colocar neste blog. Ainda estou na dúvida. A vida anda muito corrida... trabalho, aulas particulares, freelas, faculdade... Não tenho muito tempo para escrever.

Tomei uma decisão e comecei a pensar. Passados alguns instantes, não lembrava no que estava pensando... Veio uma luz... Vou usar esse blog como uma memória virtual. Quando recordar algo, vou contar aqui para não esquecer mais.

Devo contar histórias, lembrar episódios... A vida também é vista pelo ponto de vista do Amigo Zoca*!

Acho que por enquanto é isso!