sábado, 31 de outubro de 2009

Sem Neuras

Então... Decidi que não vou ficar neurótico com relação a postagens no meu blog! Na verdade, nunca fui muito, mas estava até pensando em encerrar ele, pois não tenho tempo para escrever. Não vou fazer isso, mas também não vou me importar se faço posts só a cada mês. Meu último foi no dia 11 de setembro, este no dia 31 de outubro! Boa média!

Mas não pretendo falar sobre postagens! Nestes últimos dias estive apreciando o trânsito! Como ando de moto, não fico muito tempo preso nele. Entretanto, me divirto vendo o que ocorre...
Seguindo pela Av Dr. Arnaldo na semana passada, vi uma cena que achei muito engraçada. Tem uma faixa só para os veículos que vão fazer retorno em frente ao Cemitério do Araçá (ou Santíssimo Sacramento - não sei onde é a divisão). Muitos motoqueiros usam esta faixa para chegar até o semáforo da própria Dr Arnaldo (sou um deles). Neste dia, um motorista ficou preso na faixa. A pista da Dr. Arnaldo estava toda parada, e ele não conseguia entrar nela... Um motoqueiro começou a xingar, gritar e gesticular. Berrava que aquela faixa era para fazer o retorno (que ele provavelmente não ia fazer)... O motorista sinalizava que não conseguia fazer nada, que estava preso...

Finalmente o trânsito da Dr Arnaldo andou e o motorista saiu da faixa do retorno. O motoqueiro chegou ao lado do carro, gritou, levantou o pé e chutou a porta, perto do espelho lateral, com muita força. Em seguida, perdeu o equilíbrio e caiu! Eu acompanhei tudo a poucos metros de distância e vi o motorista, descer do carro, incrédulo, balançando a cabeça. Passei por eles e segui para o trabalho... estava atrasado. Chegando ao farol, alguns segundos mais tarde, olhei para trás e o motorista estava gritando com o motoqueiro, rodeado por motoboys...
Engraçado como as pessoas reagem no trânsito. Uma situação tão boba, tão cotidiana, pode ter se transformado em algo mais sério. O motoqueiro não parece ter se ferido, levantou rápido e estava batendo boca com o motorista. Só não sei o que pode ter ocorrido com o motorista. Espero que a polícia tenha aparecido logo (geralmente tem uma unidade no posto de gasolina pouco adiante) e que o motoqueiro tenha que pagar qualquer estrago.

Curto observar a reação das pessoas no trânsito. O taxista que joga folhetos pela janela (que porqueira!), aproveitando para fazer uma faxina no veículo, a moça que faz uso do semáforo para passar batom, o casalzinho cantando e dançando, o marmanjo gritando com o carro à frente, o bêbado dormingo na calçada com seu cão (imagem que tive que registrar) e eu observando tudo à distância! É divertido! Triste em alguns momentos, mas divertido! Confesso que não fico tão calmo quando estou ao volante do CHU, meu Corsa 1997 - fato cada vez menos frequente -, mas estou aprendendo a me divertir com as reações alheias e a "aproveitar" o tempo que passo no trânsito!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Amigo Zoca, o retorno.

Então. Não é fácil ser o Amigo Zoca. Nunca tinha notado isso, mas não é.

Às vezes me sinto meio Joey. Queria um blog para postar os meus pensamentos, e me defender de ataques do GRANDECÍSSIMO PULHA ENERGÚMENO mas "it turns out I don't have as many thoughts as you'd think" e ele não tem coragem de me enfrentar.

Mesmo assim, vou buscar um tempo entre minhas aulas de faculdade, aulas particulares, horas de trabalho, horas de estudo e preguiça extrema para colocar alguma bobagem aqui.

Já comecei novamente e tá dando um baita sono. Então fica pra próxima.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mônaco 2009

Sem tempo para postar, nem para ler posts, decidi antecipar o post do GRANDECÍSSIMO PULHA ENERGÚMENO sobre a F1.

Então... Domingão em Mônaco!

Mais uma vez Button vence, dando sinais de maturidade, poupando o carro no final da corrida e administrando a grande vantagem aberta para Rubens Barrichello (até o nome desse cara é chato), o eterno segundo piloto.

Kimi deu show, mostrou que é muito melhor do que seu companheiro de equipe e abriu vasta vantagem de um ponto sobre o brasileiro. Sozinho, Kimi teria dobrado os pontos da Ferrari no ano. Não são todos que conseguem fazer isso... Muito bom vê-lo novamente tomando um golinho da champagne, guardando "o que deve ser bebido, não desperdiçado".

Mais uma vez Rosberg consegue brilhar nos treinos livres, (pelo menos no segundo - nos outros ficou mais ou menos na posição em que fechou a prova) e não faz grande coisa na corrida, apesar de terminar em sexto e aparecer algumas vezes.

A Ferrari dá sinais de melhora, mas isso foi Mônaco, que não é padrão para as outras corridas.

Pronto. É esse o tempo que tenho. Acho que agora posso ignorar o post quilométrico do Charles.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Gripe suína? Vai Tamiflu!!!


Estou de molho depois de extrair uma bagaça da garganta...


Fui à farmácia comprar uns remédios para tratar da dor causada pela retirada da bagaça, e lá estava um casal tentando comprar Tamiflu. A farmacêutica disse não ter o produto. Explicou que estava em falta. O casal ficou indignado, dizendo que não era possível um remédio tão importante (alguém já conhecia este tal de Tamiflu?) estar em falta em um momento como este.


A moça que estava me atendendo, olhou com cara de descrença... Disse: "A imprensa toda falando que não há necessidade de comprar esse remédio, mas muita gente vem aqui e pede... E quando alguém realmente precisar?"


Concordo com a ela. Eu não viajei para as regiões afetadas, não pretendo ir e também não encontrei ninguém que tenha ido. Para que comprar Tamiflu? Já escutei várias pessoas dizendo que há casos de gripe suína em todo o Brasil, que metade da população do país já morreu (ou umas duas pessoas, não me lembro bem...), mas isso sempre acontece.


Talvez eu esteja errado, mas vou esperar para ver. Quando rolou a crise da Sars e da Gripe Aviária, foi a mesma coisa. O mundo ia acabar. Todos íamos morrer infectados. Sim, a coisa foi grave, algumas pessoas morreram e houve transmissão ao redor do mundo, mas não foi tão grave quanto parecia. Vou esperar para ver agora. Prefiro esperar para ver a comprar o remédio e ficar com mais uma caixa encalhada na minha gaveta de medicamentos!!!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sou motociclista, ou motoqueiro...



Já me acostumei ao som da trava elétrica dos carros fechando quando para ao lado. Isso não me incomoda. Acho que eles estão é certos. Nunca se sabe quem vai parar ao seu lado. E se eu parasse ao meu lado, acho que trancaria a porta do carro...


Só uma vez, andando na Av. Liberdade, a caminho da aula que dou na Líbero Badaró, duas moças dentro de um carro berraram: "Seu motoqueiro, você pode parar aqui do lado um pouco. Tem um moleque ali tentando assaltar a gente". Como não consegui pensar direito na hora, parei e fiquei... Se o cara tentasse me assaltar, as moças também estariam alí para me defender, né?!


Acho incrível como veículos de duas rodas inspiram a mente criminosa. Eu mesmo, andando nas ruas, já tive grande vontade de levantar o pé e arrancar o espelho alheio (não faria muito sentido arrancar o meu próprio, apesar de gerar certa surpresa... vou estudar esta ideia...). Só não faço isso porque sei que provavelmente perderei o equilíbrio, caíndo embaixo do veículo ao lado. Ah, e também porque a mamãe falou que é feio.


E não são só motocicletas que inspíram o crime. Uma colega minha no trabalho comentou que dois caras de bicicleta tentaram roubar o celular dela na Avenida Paulista há alguns dias. Também já ouvi histórias sobre assaltantes e trombadinhas que fogem de bicicleta. Entretanto, nunca ouvi falar de bandidos fugindo de Tonquinhas (veículo de três rodas - foto acima, não sei colocar aqui neste parágrafo...).


Entendo o horror que as pessoas têm de nós motoqueiros. Muitos são grossos e agressivos. Descendo a Av. Rebouças sempre entro na fila dos automóveis para deixar o pessoal passar, e mesmo assim alguns passam xingando, insinuando que estou lento demais. No corredor, ando sempre a 30 ou 40 quilômetros por hora, e saí da frente até de uma bicicleta uma vez...


Mesmo assim... Prezo minha segurança mais do que a minha pressa! Vou continuar saíndo da frente de motoqueiros, ciclistas e, caso necessário, até de "tonquinhistas"!

domingo, 12 de abril de 2009

A morte


Ontem assistimos novamente Philadelphia, filme de 1993 com Tom Hanks e Denzel Washington. Não surpreendentemente, comecei a pensar na morte e fui levado ao final da vida do meu pai. O dia 20 deste mês marca o quinto aniversario de sua morte em um hospital no interior de São Paulo.

No caminho do enterro, minha mãe disse: "Devemos celebrar a vida dele como os irlandeses fazem." (O termo que ela usou foi 'Irish Wake'.) Perguntamos todos o que ela queria dizer, e ela respondeu: "Quando um irlandês morre, após o enterro os parentes vão à casa da família do falecido e fazem uma festa. As pessoas contam histórias engraçadas e momentos divertidos da vida do morto. Após muita risada, bebedeira e freqüentemente uma briga, todos vão para casa."

Achamos a idéia boa, excluindo a parte da briga. Fomos para a casa da minha mãe, sentamos na varanda e lembramos a vida do meu pai enquanto minha esposa, mãe, meus irmãos e minhas cunhadas tomaram cerveja, whisky e coisas do gênero (eu e minha sobrinha não bebíamos na época, então participamos apenas da conversa).

Passamos horas lembrando a vida dele. Foram contadas histórias que eu não conhecia, trechos novos para histórias que eu já conhecia e demos muita risada. Foi um momento de saudades, mas acho que celebramos a vida do meu pai. Minha sobrinha até comentou como estávamos tratando a morte dele de forma diferente à que ela tinha visto, na qual todos ficavam chorando constantemente.

Apesar da falta que meu pai faz e da tristeza que foram os últimos dias de sua vida, passados em um leito hospitalar, conseguimos suavizar um pouco o momento. Depois disso, lembrei uma idéia que tinha quando era mais novo: deixar preparada uma festa para o final da minha vida. Assim, quem quiser celebrar minha morte pode, e aqueles que quiserem celebrar minha vida também terão a oportunidade!!

Se alguém estiver interessado em fazer um Irish Wake, este link dá algumas dicas! Nós não seguimos todas, só a parte da celebração da vida.

Tendo lidado com nascimento e morte, acho que agora posso passar ao que existe entre estes dois extremos!

sábado, 11 de abril de 2009

To breed or not to breed!

Lembrei hoje de um bate papo que tive com um colega. Ele acaba de ter uma filha, sua segunda procriação, e dizia que ter filhos muda a vida da pessoa, que gera grande felicidade e que a vida é outra quando se tem filhos. Acredito nisso. Conheço muitas pessoas que têm filhos e que dizem que suas vidas ganharam um novo valor. Outras dizem que é bom, mas que não teriam outros filhos. Conheço também uma pessoa que diz que ter filhos arruinou sua vida...

Acho que é uma questão de escolha. Até hoje não decidi ter filhos. Não digo que nunca vou ter. Pode ser que algum dia eu decida ou pode simplesmente acontecer. Não sei... Algumas pessoas têm grande necessidade de ver seu código genético levado adiante. Não acho isso muito importante, será que o mundo aguenta outros Zoquinhas! Caso não tenha filhos gerados a partir do meu próprio espermatozóide e óvulos da minha esposa, então posso adotar! Afinal, é só um espermatozóide e um óvulo. Este é um assunto que minha esposa e eu já discutimos (não sei se nestes termos).

Depois de teclar com meu amigo, passei a pensar mais sobre a geração de prole. Disse a ele que não acho que há necessidade de mais gente no mundo. Realmente acho isso. Segundo dados do governo dos Estados Unidos, a população global era de 2,6 bilhões em 1950, chegou a 6,1 bilhões em 2000 e tem previsão de alcançar 9,5 bilhões em 2050. Para que tanta gente no planeta? Ele conseguirá suportar essa população? Como vai ficar a questão da água e poluição com tantas pessoas?

Estas são perguntas que realmente me incomodam. Segundo a FAO, "a agricultura é atualmente responsável por 70% do consumo global de água, porcentagem que alcança 95% em alguns países em desenvolvimento. Para suprir a crescente demanda alimentícia, estima-se que o consumo agrícola de água vá crescer mais 14% nos próximos 30 anos". Eu me pergunto... Se nós, seres humanos, estivermos utilizando mais de 80% da água doce global na agricultura, como serão distribuídos os menos de 20% restantes? Animais selvagens terão direito a ela? Onde vão ocorrer conflitos por água?

Sei que é difícil responder estas perguntas. Sei também que o futuro do mundo sempre foi incerto, mas minha opinião atual é a de que não preciso contribuir para ampliar o problema.
Mas sei também que estas preocupações ficarão menos relevantes se amanhã descobrir que minha mulher está grávida. É assim que penso hoje!